Gostei muito de ler este teu post porque eu adoro fazer coisas comigo mesma.
Sou uma pessoa solitária que odeia confusão, muita gente, barulho em geral.
Apesar disso, tal como tu, havia coisas que não fazia porque parecia desconfortável fazê-las sozinha. Hoje em dia são poucas as coisas que ainda não fiz sozinha: 1) Ir ao cinema sozinha; 2) Ir à praia sozinha. Ao cinema espero resolver em breve, à praia é mais complicado porque vivo longe e também não sinto assim tanta vontade de ir.
Adoro conhecer cidades sem depender dos gostos de ninguém. Uma vez, quando partilhei com uma pessoa que não me importava de viajar sozinha recebi como resposta "O quê? E assim com quem é que comentas se isto ou aquilo é bonito?". A minha resposta foi que eu não precisava de comentar com ninguém. Se eu acho bonito e gosto para que é que preciso da aprovação/opinião do outro?
Como mesmo escreveste, foste ao shopping e foi uma experiência mais calma. Porque estavas a pensar em ti. Não estavas a pensar na opinião dos outros ou se podem estar aborrecidos por estarem à espera.
Ainda há muitos olhares de lado por andares sozinha, principalmente se viveres num sítio mais pequeno (que é o meu caso).
Parabéns pelo texto e por apreciares a tua companhia.

Sinto que ainda temos uma grande aversão ao silêncio, àquela sensação de vazio, em que não a podemos quebrar com alguém, porque nos falta um amparo. Mas é fundamental aprendermos a estar sozinhos e a valorizar a nossa companhia. E contra mim falo, porque também já deixei de fazer coisas por esse motivo. No entanto, a pouco e pouco, percebi que não fazia sentido.
É um processo que pode demorar, mas depois compreendemos os benefícios!

Excelente reflexão, minha querida

Com o passar dos anos aprendi a gostar de também passar tempo sozinha comigo mesma. Claro, há sempre aquelas coisas que não queremos fazer sozinhos ou apenas porque naquele momento precisamos de companhia de alguém.

Concordo tanto contigo. Acho que passar tempo connosco é tão positivo! Infelizmente, isto de fazer certas coisas sozinha ainda é algo visto como triste ou sem sentido, mas não é assim. Também eu já desisti de certas ideias porque estava sozinha, mas tenho aprendido que não o devia nem devo fazer.
As oportunidades são postas à nossa frente e só temos de as aproveitar, se tivermos companhia ótimo, senão vamos na mesma. Gostei muito de ler esta publicação <3

Olá Beatriz! Estar só e sentir solidão são coisas diferentes. Uma pessoa está só quando não está de companhia. Mas uma pessoa pode sentir uma enorme solidão mesmo se rodeada de uma multidão. A solidão é um estado de isolamento profundo em que a pessoa se sente distanciada de si e do mundo.Nunca é benéfica enquanto que estar sozinho pode até ser muito agradável. Ao contrário da maioria, talvez, não sei, nunca tive qualquer problema em estar/fazer coisas sozinha, sendo raras aquelas que não fiz por não ter companhia. Nunca achei que tal fosse aborrecido ou assustador. Talvez porque sempre quis fazer coisas que não eram apelativas para os meus amigos e a escolha era fácil: ou as fazia só ou não as fazia. Por exemplo, sempre gostei imenso de cinema de animação e apenas um amigo meu estava disponível para ir comigo. Quando ele foi viver para Leeds perdi o meu companheiro cinéfilo! Também sempre fui muito interessada em artes e a maioria dos meus conhecidos não. Fui muitas vezes a Lisboa ver exposições sozinha: que alternativa tinha? A primeira vez que viajei para o estrangeiro fi-lo sozinha. Fui 10 dias a Paris. Foi há muito tempo, não havia telemoveis nem internet como hoje. Isso tornou tudo mais fácil. Mesmo assim existem países e locais que exigem cautela e onde é desaconselhável ir só. Creio que depois dessa viagem a questão só/de companhia deixou de fazer sentido na minha cabeça.Quando fui trabalhar para o Porto passava a maior parte do fim de semana sozinha a conhecer e a fotografar a cidade: ruas, parques, museus, tudo. Fui a espectáculos e a restaurantes, às caves! Ainda há pouco tempo fui ver os MUSE ao Dragão sozinha! Ninguém queria ir comigo. O que me parece: não só estamos muito mais atentos ao que se passa a nossa volta como estamos mais disponíveis para interagir e conhecer pessoas. Aliás, uma pessoa sozinha nunca fica muito tempo assim a não ser que queira mesmo isso. E sempre preferi fazer compras sem ninguém atrás: é a garantia de que não sou influenciada e levo o tempo que precisar, sem reclamações, ahahah! Não devemos deixar de fazer o que nos apetece só porque não há companhia. A não ser dançar o tango! Isso...não dá! ;)

Concordo plenamente!
Muitas vezes deixei de fazer imensas coisas porque não tinha ninguém com quem ir, ou porque não lhe apeteciam fazer o mesmo. É horrível e também quero mudar! Já comecei - em abril fui a um conjunto de palestras no ISCAP e ia com amigas do curso, mas todas cancelaram no dia anterior. Eu queria imenso ir e fui sozinha. E ainda bem - coloquei uma pergunta a uma oradora e corri atrás de outro para ficar com o contacto, coisas que não teria feito se estivesse acompanhada. Acho que me torno mais acanhada - eu até vergonha de tirar fotografias na rua tenho (sou terrível!!). Também gostava de ir às compras sozinha ou ao cinema - mas ao cinema é diferente, porque com cartão de desconto, torna-se mais barato ir em número par. E eu sou uma tagarela, portanto vou com quem me ature (geralmente, a Sofia haha).
Tenho de organizar uma lista de coisas que gostava de fazer sozinha, uma espécie de bucket list! Gostei muito do post :)

- Marta @ the book mermaid

Em tempos tinha muito medo de fazer o que quer que fosse sozinha, ir a qualquer lado precisava de companhia!
Aos poucos tenho mudado isso, e a nossa própria companhia é tãoo boa :))