*Post apoiado pela Saída de Emergência
Hoje trago-vos um livro que me impressionou imenso e creio que vale mesmo a pena ler!
Sinopse
«Uma África pós-apocalíptica. Uma profecia misteriosa. Uma criança destinada a salvar o seu povo.
Num futuro distante, um holocausto nuclear devasta o continente africano e dá-se um genocídio numa das suas regiões. Os agressores, os Nuru, de pele mais clara, decidiram seguir o Grande Livro e exterminar os Okoke, de pele mais escura. Mas, depois de ser violada, a única sobrevivente de uma aldeia Okoke consegue escapar e refugiar-se no deserto. Dá à luz uma rapariga com cabelo e pele cor de areia e a mãe percebe, nesse momento, que a sua filha é diferente. Dá-lhe o nome de Onyesonwu, que significa “Quem Teme a Morte?”.
Treinada por um misterioso xamã, Onyesonwu sabe que tem um destino mágico a cumprir: pôr fim ao genocídio do seu povo. A jornada para cumprir tal proeza irá pô-la em confronto com a natureza, a tradição, o amor verdadeiro, os mistérios da sua cultura… e, por fim, com a própria morte.» in Saída de Emergência
@suspirosdabea |
Opinião
Eu vou começar já por dizer que adorei este livro! Ao início estava a ter dificuldades em entender a história, porque fala sobre tribos africanas numa África pós-apocalíptica, lá existem todas as tecnologias que temos hoje em dia e outras. Não sei porquê, mas estava a ter dificuldades em entender como é que as pessoas viviam num mundo tão avançado tecnologicamente, mas ao mesmo tempo tão primitivo. Depois de finalmente entender, comecei a apreciar a história e todas as palavras estranhas que estavam ligadas aos deuses, espíritos e simplesmente rituais tribais.
A escrita da autora não é fácil, mas a premissa do livro é incrível. Há uma divisão entre duas tribos, sendo que esta se baseia na sua cor, uma das tribos fez da outra sua escrava e existe a vontade e necessidade de terminar a escravidão, pelo que se dão guerras sangrentas entre as duas.
O livro é violento e temos de entender que assim o é, porque todo o livro se passa num clima de guerra. A guerra não é algo bonito. A Nnedi Okorafor consegue transpor para o leitor o medo das pessoas, todo o stress que a guerra causa e fá-lo através das descrições do genocídio, da tortura, da escravatura, das violações em massa, dos abusos de menores e dos assassínios. Quando se fala da guerra nunca se menciona as violações, elimina-se sempre essa terrível parte dos filmes e dos livros, mas a meu ver é importante que se fale sobre elas. É algo horrível que deve ser altamente punido, mas que nunca pensamos que acontece, porque nunca ouvimos falar. O que é feito dessas mulheres?Não lhes deveríamos dar uma voz? Neste livro existe essa voz e é isso que faz com que eu goste tanto dele. Podem ficar intimidados pelo fator da violência, mas acreditem que vale a pena ler este livro. Apesar de ser um mundo fictício, creio que é importante para pensarmos no porquê da guerra, porque é que o ser humano teima em querer matar e porque é que não pode simplesmente viver em paz.
Para além de tudo isto, Quem Teme a Morte também desconstrói as ideias machistas que ditam que as mulheres não podem fazer nada, são inúteis. Esperem para ver só o que a nossa personagem principal, uma mulher, vai fazer.
Ao ler este livro lembrei-me dos massacres que ocorreram em Ruanda, em 1994, de certeza que já ouviram falar. Vi uma vez um filme na secundária sobre os massacres lá e impressionou-me imenso. Fiquei horrorizada ao ver que se matou apenas porque uns eram hutu e outros tutsi. Há mesmo necessidade da guerra?
Eu vou começar já por dizer que adorei este livro! Ao início estava a ter dificuldades em entender a história, porque fala sobre tribos africanas numa África pós-apocalíptica, lá existem todas as tecnologias que temos hoje em dia e outras. Não sei porquê, mas estava a ter dificuldades em entender como é que as pessoas viviam num mundo tão avançado tecnologicamente, mas ao mesmo tempo tão primitivo. Depois de finalmente entender, comecei a apreciar a história e todas as palavras estranhas que estavam ligadas aos deuses, espíritos e simplesmente rituais tribais.
A escrita da autora não é fácil, mas a premissa do livro é incrível. Há uma divisão entre duas tribos, sendo que esta se baseia na sua cor, uma das tribos fez da outra sua escrava e existe a vontade e necessidade de terminar a escravidão, pelo que se dão guerras sangrentas entre as duas.
O livro é violento e temos de entender que assim o é, porque todo o livro se passa num clima de guerra. A guerra não é algo bonito. A Nnedi Okorafor consegue transpor para o leitor o medo das pessoas, todo o stress que a guerra causa e fá-lo através das descrições do genocídio, da tortura, da escravatura, das violações em massa, dos abusos de menores e dos assassínios. Quando se fala da guerra nunca se menciona as violações, elimina-se sempre essa terrível parte dos filmes e dos livros, mas a meu ver é importante que se fale sobre elas. É algo horrível que deve ser altamente punido, mas que nunca pensamos que acontece, porque nunca ouvimos falar. O que é feito dessas mulheres?Não lhes deveríamos dar uma voz? Neste livro existe essa voz e é isso que faz com que eu goste tanto dele. Podem ficar intimidados pelo fator da violência, mas acreditem que vale a pena ler este livro. Apesar de ser um mundo fictício, creio que é importante para pensarmos no porquê da guerra, porque é que o ser humano teima em querer matar e porque é que não pode simplesmente viver em paz.
Para além de tudo isto, Quem Teme a Morte também desconstrói as ideias machistas que ditam que as mulheres não podem fazer nada, são inúteis. Esperem para ver só o que a nossa personagem principal, uma mulher, vai fazer.
Ao ler este livro lembrei-me dos massacres que ocorreram em Ruanda, em 1994, de certeza que já ouviram falar. Vi uma vez um filme na secundária sobre os massacres lá e impressionou-me imenso. Fiquei horrorizada ao ver que se matou apenas porque uns eram hutu e outros tutsi. Há mesmo necessidade da guerra?
Não estava a par desta obra, mas despertou-me bastante interesse! Acho que a vou adicionar à minha lista
ResponderEliminarr: Vais ver que vais conseguir :)
ResponderEliminarNão é o estilo que mais me fascine, mas até tive uma boa surpresa
Adoro aquele buda *.*
Vou estar atenta