A Rapariga de Auschwitz - Livros sobre a 2ª Guerra Mundial - Parte I

Olá!

Sempre tive um especial interesse por livros e filmes sobre a 2ª Guerra Mundial. Na escola e também agora na faculdade, em disciplinas como história aprendi sobre esta guerra e todo o processo desde a chegada do Hitler ao poder em 1933 até à sua derrota e depois o fim da guerra em 1945. No entanto, ao longo do tempo comecei a ter vontade de conhecer outros pontos de vista, a ''entrar em contacto'' com outras histórias e entender o impacto da 2ª Guerra Mundial nas vidas das pessoas.
Assim sendo, hoje trago-vos uma nova rubrica daqui do blog na qual partilho convosco livros que tenho e já li e outros livros que estão na minha lista para ler sobre a 2ª Guerra Mundial.

O livro A Rapariga de Auschwitz, de Eva Schloss e Karen Bartlett foi gentilmente cedido pela Editora Marcador e foi a minha última leitura. Eva tem agora 82 anos e vive com o marido em Londres. Foi também a co-fundadora do Instituto Anne Frank em 1990 e a acho que é uma mulher espetacular e que eu adorava conhecer! Eu não sabia que a Anne Frank tinha uma meia irmã, aliás eu nunca investiguei a vida do pai dela. De certa forma, sempre pensei que depois de ela e a irmã falecerem, a vida da sua família ficou suspensa e esqueci-me de todo que o pai dela lutou para ver o diário da filha publicado.

O livro da Eva Schloss emocionou-me imenso, aliás havia momentos em que tinha mesmo de parar para respirar fundo e relaxar. A Eva conta a história da sua vida, desde o momento em que foi para a escola até à atualidade, passando pelos momentos que partilhou com a Anne Frank e mais tarde o seu pai, Otto, que se tornou uma pessoa muito importante na vida dela. Acho que o momento que mais me marcou foi quando ela depois de sair do campo de concentração, procurou e encontrou os quadros do irmão. O facto de mais à frente ter uma foto dos quadros do irmão fez-me chorar desalmadamente, porque acho que me tinha esquecido que esta história era real.

A principal ideia a reter é que a Eva é uma mulher cheia de força e de admirar, que teve os seus momentos em que pensou desistir, mas que agora tem como lema «A vida é preciosa e bonita e ninguém devia desperdiçá-la.». Para além disto, conseguimos entender que os Aliados sabiam o que se passava nos campos de concentração, mas que tal como o autora refere ninguém quer que uma onda de refugiados vá para o seu país, pois ninguém quer ter essa despesa. Assim sendo, o melhor é fechar os olhos e fazer ouvidos moucos. Deixo-vos uma pergunta que me incomoda bastante. Será que estamos a viver a mesma situação, mas em contornos diferentes?

Um livro exelente que deve ser lido e relido por toda a gente.

«Homens alemães barbeavam-se com lâminas judaicas, enquanto boas mães alemãs empurravam carrinhos de bebé judaicos, e avós colocavam óculos judaicos para ler notícias nos jornais sobre os esforços de guerra. Em julho de 1944 foram enviados dois mil e quinhentos pulsos de relógio para os moradores de Berlim que haviam perdido as suas casas e os seus bens durante as incursões aéreas dos Aliados.»

Sinopse:

Milhares de leitores em todo o mundo conhecem a história de Anne Frank, a adolescente cuja vida terminou em Bergen-Belsen durante o Holocausto. Em A Rapariga de Auschwitz, vão conhecer a sua irmã e companheira de brincadeiras: Eva Schloss. Apesar de, ter sido levada para Auschwitz com apenas quinze anos, a sua história não terminou aí. Ela conseguiu sobreviver. Este livro incrível é a memória viva dos acontecimentos que marcaram esse período tão dramático da história mundial. in Marcador