Olá!
Hoje trago-vos um tema que me tem dado muito que pensar sobre os meus hábitos e o de as pessoas à minha volta. Será que o desperdício alimentar, que por vezes se fala, é real?
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Infelizmente, existem problemas que nem sempre recebem a devida atenção. A fome e a pobreza continuam e continuarão a existir, porque ninguém se preocupa em mudar. Não precisamos de pensar nos países de terceiro mundo para entendermos que a fome existe, basta pensamos no nosso país, nas ruas das nossas cidades tanto as maiores como as mais pequenas, onde vemos tantos sem-abrigo. E talvez outras situações que pensamos não existir, porque vivemos numa realidade perfeita, no nosso mundo sempre com preocupações inócuas e sem sentido. Sem nunca nos apercebermos que talvez os nossos próprios vizinhos possam estar a passar por sérias dificuldades, que talvez não tenham o que comer ou com sérios problemas económicos, mas que não têm a obrigação de nos contar. Talvez devamos estar atentos a isso.
Todos os dias desperdiçámos imensa comida, seja ao jantar que exageramos e fazemos demasiado arroz ou massa, e sabemos que não vamos comer no dia a seguir; seja ao fazer as compras, quando compramos coisas que não vamos comer ou que não vão ser utilizadas e têm uma curta validade. Em relação à validade, também deitamos fora os produtos que se aproximam ou já passaram a validade, quando não estão estragados. Vamos ser honestos, todos sabemos que a data de validade é uma regra que as marcas têm de cumprir, porque têm de fazer uma estimação de quanto tempo aquele produto pode durar, mas isso não implica que ele fique estragado depois.
Há diferença entre o consumir até e o consumir de preferência até, sendo que o primeiro diz respeito a alimentos como as carnes e laticínios, porque deve-se mesmo só consumir até àquele dia, sendo que pode deteriorar e fazer-nos mal após. No entanto, consumir de preferência até refere-se a produtos que não se estragam facilmente e que, por isso, podem ser consumidos depois. A única coisa que pode acontecer é o produto perder a sua textura ou traços do seu sabor, por exemplo umas bolachas ficarem moles.
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Para além disto, existem comportamentos por parte dos supermercados que eu não entendo. Bem sei que existem leis e por isso os supermercados não podem dar os seus produtos que estão perto do fim da validade ou que têm defeito, isto é, fruta tocada ou já muito madura. No entanto, como é que conseguem deitar fora essa comida, sabendo que tanta gente daria tudo para a ter? Porque é que não a podem dar a instituições, a pessoas carenciadas ou simplesmente distribuir pelos sem-abrigo? Várias vezes vemos fotografias no Facebook de pastelarias, supermercados, talhos que deitam os seus produtos para o lixo sem se preocuparem com o facto de ainda estarem comestíveis. Já vi no supermercado, perto da hora de fecho, os funcionários a recolherem os produtos que estão próximos do fim da validade para deitarem fora. Acho ridículo, não faz sentido nenhum deitar essa comida fora, só porque sabem que não vão ter lucro com ela. Não sei, acho que se tivesse um negócio, não tinha coragem de o fazer. Para não falar das cantinas escolares, que tantas vezes deitavam a comida fora e não tinham permissão para a dar a alunos que se sabe que têm problemas e que vão para a escola sem tomar o pequeno almoço. Sim isso acontece em Portugal, não é em nenhum filme, mas à nossa frente.
Outro produto que é constantemente desperdiçado é o pão. Hoje em dia, na maior parte dos supermercados, o pão não tem qualquer qualidade, porque é basicamente só fermento para aumentar consideravelmente a fornada. Contudo, o sabor e até a durabilidade é afetada. O pão não dura um dia sem ficar recesso. Quando eu era criança o pão durava à vontade dois dias, antes de ficar seco. Assim, o pão vai para o lixo, porque não está ''bom'' para comer. Outras vezes, compra-se imenso pão que acaba por não ser consumido, mais uma vez vai para o lixo. São inúmeras as vezes que isto acontece. Não vou ser hipócrita e dizer que isso não acontece comigo. Sim, já deitei várias vezes pão fora, porque até cheirava a fermento e notava-se que não estava bem cozido.
Cada vez mais tento mudar isto, porque sinto-me mal ao fazê-lo, quando tanta gente passa um dia inteiro quase sem comer.
Concordo com tudo o que está escrito! Nós não temos mesmo a noção. O meu pai trabalha num restaurante e vai bastante comida fora pois o patrão não a pode dar a instituições porque se der vai pagar uma multa daquelas. Não percebo este tipo de leis.
ResponderEliminarUm biejinho,
http://myheartaintabrain.blogspot.pt/
As pessoas não podem continuar a viver na sua bolha. E ignorar estes problemas não pode ser uma opção. Precisamos de ser mais conscientes em relação às nossas escolhas, não comprar por impulso, nem desperdiçar quando há tanta gente que daria tudo por apenas um pedaço de comida
ResponderEliminarA mim parece-me que (infelizmente) é bem real.
ResponderEliminarSim. Eu assumo que desperdiço muita coisa... o dia-a-dia agitado não nos deixa muito tempo para pensar e voltar a pensar e acabamos por deitar fora e substituir.
ResponderEliminarNao é que não se queira dar mas não podem dar acho que pagam multas e afins e por isso há esses desperdícios todos. Também não acho normal. Enfim
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